segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

No controle

Coloquei a letra verde como o sinal de trânsito, dando passagem livre para a boa educação e convivência no mesmo.
Não tem jeito: se o sinal fica vermelho, você se vê ao lado ou vendo e sendo vista por retrovisores, por pessoas desconhecidas mas capazes de desvendar seus pensamentos mais íntimos.
Dentro do carro, no trânsito, na qualidade de motoristas, não só dirigimos mas ouvimos música, falamos ao celular (verdade, doa a quem doer), pensamos, cantamos, rezamos...e buzinamos.
Cheguei lá! A buzina poderia ser considerada uma agressão.
É a maneira que o  motorista tem de agredir, seja o pedestre ou outro motorista.
Buzinar é a mesma coisa que xingar, que dar um tapa, que chamar a atenção, repreender, falar mal, agredir mesmo.
Falo isso porque não buzino para ninguém e ODEIO que buzinem para mim.
Sou adepta da "gentileza gera gentileza" e por isso tenho sempre no meu caminho, motoristas sorridentes, solícitos, que me dão passagem, sorriem e de fato, geram a gentileza, a mema que eu gero sem as minhas buzinas e com os mesmos sorrisos e solicitudes.
Faço no trânsito o que gostaria que fizessem por mim.
Claro que sempre tem uma "tiazinha" desavisada, que não percebe alguma coisa, alguma faixa, alguma sinalização. Sempre tem um "manézão" com som alto, que dá uma fechada, uma ultrapassada indevida.
Já xinguei muita mãe no trânsito. Mas isso acontece nesses momentos de inconformismo. Quando eu me sinto afrontada por tamanha irritação dessa pessoas, que fora do carro fazem o que?
Gostaria de saber se andam com suas buzinas ou se são obrigadas a se controlarem quando contrariadas, ultrapassadas, na vida pessoal.
Poderia falar horas sobre esse comportamento curioso e vergonhoso dessa classe, humana mas muito animalesca quando expostas à essa situação.
Porta de escola seria um post á parte! Vou rir para não chorar, ou buzinar para aquela meia dúzia de mães, com seus carros enormes, capazes de fechar uma rua, ocupar duas vagas, não dar passagem, ficar um tempão de porta aberta dificultando a passagem de outras mães, mais civilizadas e com o mesmo número de mochilas para enfiar no carro junto com cinto de segurança e maquete de ciências.
Sejamos gentis.
Tenhamos paciência com o Outro. É tão bom!
Juro pra você que é muito bom sair da minha garagem, nem sete da manhã e já ter gente piscando farol para eu sair, me dando passagem e plantando a gentileza logo cedo.
Eu retribuo...e você?

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