terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

acidentes

Quando saí de manhã, me lembrei do último post pois mais uma vez, um motorista sorridente me cedeu a vez ao sair da garagem.
Mas na correria e gritaria das manhãs aqui de casa, saí às pressas, mais uma vez de carro e no caminho de volta, um atropelamento.
Um corpo caído na rua, ambulância vindo na contramão, as crianças no carro e aquele aperto.
Eu tinha acabado de dar uma bronca no meu filho. Um único grito, daqueles que faz filho acordar, sabe?
Mas aí meu coração ficou pequenininho.
Cheguei a comentar com ele: a gente sai de casa e não sabe se volta ou como volta.
Que sentimentos temos deixado no coração dos outros?
Que sentimentos guardamos dos outros, na certeza incerta de que eles voltarão mais tarde para uma conversa, um acerto de contas?
Não sei se aquele corpo no meio da rua voltará para casa hoje, voltará para casa vivo.
Deus permita que sim, que esteja tudo bem com ele.
Mas na minha cabeça ficou a mãe do cara, a mulher do cara, o filho do cara, o amigo do cara.
Que história aquele corpo carregava até aquele momento.
Que história carregamos e não queremos levar para frente?
Fiac a dica: deixemos boas impressões e levemos sempre boas impressões também...para uma vida, ou uma morte mais leve.

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